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Diretoria dialoga com órgãos públicos para resolução do caso IPEN

Diretoria dialoga com órgãos públicos para resolução do caso IPEN

A diretoria da SBMN vem atuando para solucionar o impasse entre a Vigilância Sanitária e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) que completa um mês na próxima semana e paralisou a produção de insumos utilizados na medicina nuclear.

Nesta quinta-feira (14), os médicos nucleares Marília Marone, Celso Darío e Gustavo Gomes representaram a diretoria da SBMN em reunião com o Ministro Sérgio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e coordenador do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro (CDPNB). Na ocasião foram expostas as consequências graves da interdição do IPEN. De acordo com os médicos, o ministro ficou bastante sensibilizado com o impacto no atendimento aos pacientes e imediatamente se reuniu com representantes da Casa Civil e do Ministério da Saúde. Houve um entendimento sobre a situação emergencial e o compromisso na busca de soluções rápidas. Em seguida, foram ainda discutidas as possíveis medidas, de médio e longo prazo, para reduzir a vulnerabilidade do fornecimento de insumos para a Medicina Nuclear.

A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear vem promovendo diversos encontros com representantes do Governo Federal tais como a ANVISA, Ministério da Saúde, Secretaria de Segurança Institucional, entre outros, a fim de demonstrar o cenário atual e os transtornos causados aos pacientes. Outra reunião com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da cidade de São Paulo (COVISA) está agendada para os próximos dias.

Com estas ações, a SBMN espera que os órgãos responsáveis se sensibilizem e deem alternativas para solucionar a questão o mais rápido possível. Paralelamente, a diretoria estuda outras medidas como importações emergenciais ou eventual acionamento do Ministério Público para intermediar o caso.

Na quarta-feira (13) os membros iniciaram um ciclo de entrevistas na imprensa para demonstrar o impacto da falta de insumos nos dois milhões de exames previstos para o ano de 2018. Veículos importantes como a TV Globo, rádio Bandeirantes e o jornal El País noticiaram o caso e chamaram a atenção da opinião pública.

A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear segue trabalhando para que os médicos tenham acesso aos materiais e possam propiciar o tratamento adequado aos pacientes.

“Recebemos com consternação essas decisões, uma vez que a eficácia da Medicina Nuclear para casos graves de câncer e outras doenças cardiológicas e cerebrais é reconhecida por toda a comunidade médica global”, explica Juliano Cerci, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).