SBMN revisa Plano de Expansão para crescer especialidade nos próximos 15 anos

Com missão de promover, regulamentar e estimular o progresso da Medicina Nuclear no país, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) acaba de revisar seu Plano de Expansão para os próximos anos, buscando soluções pra ampliar a MN, principalmente para as regiões mais carentes.

Segundo os dados tabulados, são realizadas, por ano, cerca de 1,5 milhões de cintilografias; quase 100 mil exames PET-CT e 20,7 mil tratamentos. É importante lembrar que a Sociedade deseja ampliar o acesso a exame e tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), além da inclusão de procedimentos no Rol da ANS.

Para elaborar o Plano de Expansão, a SBMN realizou diversas pesquisas sobre a evolução da prática no Brasil, comparando nossos dados com a evolução e presença da especialidade em outros países. Foi constatado que o Brasil ocupa o 24° lugar, enquanto os Estados Unidos, Canada e Alemanha estão no topo da lista.

De acordo com o levantamento, o fornecimento de radiofármacos no Brasil ainda é baixo, mesmo sendo matéria principal para a Medicina Nuclear: 3,1% vai para a região Norte; em seguida 9,6% concentra-se na região Centro-Oeste, enquanto o Sul fica com 15,43%, Nordeste 17,14% e Sudeste recebe 53,67% da matéria-prima. Percebe-se que existe um desequilíbrio de divisão no material. “Com a criação do Plano de Expansão, o objetivo é aumentar os números até 2022: 61% do conteúdo para o Norte, 25% para o Centro-Oeste e 16,65% para o Sul”, explica a Assessora Econômica da SBMN, Beatriz Leme.

Beatriz comenta ainda que a meta da SBMN é que esse fornecimento seja aumentado em regiões mais carentes, representando um avanço de 61% para o Norte, 25% para o Centro-Oeste e 16,65% para a região Sul.

Ainda no cenário de projeção, o mesmo efeito é esperado na geração de empregos. Com o plano de expansão escalonado, o objetivo é que já em 2022 esse número atual (4,8 mil) passe para cerca de 6 mil empregos, progredindo para a marca de 14 mil em 2032, representando um aumento total de 198%.

Sendo o plano faseado implantado com sucesso, estima-se o seguinte cenário de avanço:

Número de cintilografias realizadas: estima-se um crescimento de 27,5% em cinco anos e, para 2032, a avanço projetado será de mais de 200%, totalizando 4,6 milhões de procedimentos.

Número de PET-CTs realizados: crescimento de 27% em cinco anos e um total de 266.739 procedimentos em 2032, representando crescimento de 175% comparado a hoje.

Número de terapias com Medicina Nuclear: aumento de 27% na primeira fase e crescimento total 87%, somando 38 mil procedimentos em 2032.

Número de pessoas empregadas direta e indiretamente: aumento de 28% na primeira fase e crescimento final de 198%, totalizando 14.336 empregos em 2032.

Faturamento do setor: Meta final de faturar R$ 2,5 milhões em 2032, representando um aumento de quase 200%.

O presidente da SBMN, Juliano Cerci, explica que o Plano de Expansão vem ao encontro da necessidade de maior disponibilidade de insumos radioativos, como o Reator Multipropóstio Brasileiro, bem como sua ampliação em distribuição dentro do território nacional. “Esse número é uma estimativa que fazemos com base em levantamentos que fizemos com todo o segmento, nossos sócios, parceiros e da indústria”, explica.

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