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Fórum Internacional de Especialistas do BRICS em Medicina Nuclear

Realizado em Moscou e Obninsk, o Fórum Internacional de Especialistas do BRICS em Medicina Nuclear ocorreu entre os dias 20 e 21 de julho. 

 

A SBMN esteve, a convite e sob os auspícios da organização do evento, representada pelo presidente, Dr. Rafael Lopes, e por Dr. Diego Pianta, primeiro secretário. Os Drs. Emerson Bernardes (IPEN) e Lauro Wichert-Ana (USP-Ribeirão Preto) também estiveram presentes.

 

A comitiva brasileira, que contou ainda com a participação do embaixador do Brasil na Rússia, participou dos fóruns oficiais do evento e visitou o Instituto Nacional de Cardiologia, entre outras atividades.

 

A partir dos temas debatidos no encontro, será elaborado um documento, o qual vai ser apresentado em reunião dos Ministros da Saúde, em agosto de 2023.

 

As perspectivas brasileiras sobre o encontro

 

O Dr. Rafael Lopes, presidente da SBMN, agradeceu os colegas que compartilharam esse momento e lembrou a importância dessa oportunidade.   

 

 ”Agradecemos as ricas discussões, a oportunidade de troca de experiências e de visibilidade à excelência da medicina nuclear do Brasil, assim como somos gratos pelo generoso convite do Ministério da Saúde da Rússia e da Rosatom Global.”

 

A presença da comitiva brasileira no evento não somente se caracterizou como a maior comitiva presencial (outros países participaram, majoritariamente, à distância), como permitiu colocar a realidade da Medicina Nuclear brasileira em perspectiva.

 

“Estamos muito acostumados a mirar nossa comparação com países ricos, como EUA e países europeus, perceber que, entre os países com problemas sociais e econômicos semelhantes aos brasileiros, nós apresentamos muitos pontos fortes, com grandes times técnicos e com número grande de exames realizados anualmente, nos coloca em posição de destaque no uso da Medicina Nuclear em relação a outros países.” enfatizou o Dr. Diego Pianta.

 

Os médicos também relataram que o Brasil também está atrás quando se fala em disponibilidade de radioisótopos (especialmente os utilizados em terapia) e no domínio desta tecnologia de produção de insumos necessários à Medicina Nuclear, mas que a participação no Fórum permitirá o estreitamento de laços com os países BRICS, o que deve gerar benefícios ao país.

 

O Dr. Emerson Bernardes, representante do IPEN, destacou quatro pontos, entre eles:

 

(1) O perfil de distribuição (por região) de radiofármacos fornecidos pelo IPEN demonstra uma distribuição concentrada nos estados com maior índice de Padrão Interno Bruto (PIB); 

 

(2) Regiões do Brasil com maior índice de mortalidade e incidência de alguns tipos de cânceres apresentam número reduzido de Centros de Medicina Nuclear; 

 

(3) Há uma necessidade de ampliar o acesso da população brasileira,  especialmente nas regiões com menor PIB, aos métodos de diagnóstico e terapia proporcionados pela Medicina Nuclear e; 

 

(4) De igual ou maior importância que ampliar a oferta de novos radiofármacos, é garantir que os já existentes sejam disponibilizados à toda população que necessite dos mesmos, através do SUS principalmente.

 

Um provérbio africano citado pelo presidente da SBMN, Dr. Rafael Lopes e posteriormente entoada por outros líderes foi “Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá acompanhado”, gerando uma mensagem de cooperação futura entre os países do BRICS para que a Medicina Nuclear avance! 

 

Esse foi um movimento de grande relevância para a Medicina Nuclear Brasileira conquistar mais espaços e fortalecer a sua atuação no âmbito internacional e a SBMN fica grata por fazer parte dele.

 

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