O grupo atua para desmitificar o medo da população em relação à radiação e popularizar a medicina nuclear no país
Na sexta-feira (24), houve um novo encontro da diretoria da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) com o Drauzio Varella e a comitiva do Gabinete de Segurança Institucional. Duas semanas após a primeira reunião no Congresso Brasileiro, o grupo visitou as instalações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo e do Centro Experimental Aramar, parte industrial do Centro Tecnológico da Marinha, na cidade de Iperó.
Os diálogos seguem no sentido de popularizar a medicina nuclear no país e explicar à população que, por meio da radiação, é possível realizar diagnósticos e tratamentos que podem ser tão ou mais eficientes que os utilizados na medicina tradicional.
O complexo tem uma área de 840 hectares, conta com laboratórios para processamento de radioisótopos, análises de radioquímica, além de pontos de apoio para pesquisadores. Também abriga a construção do Reator Multipropósito Brasileiro, desenvolvido em parceria com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).
“O reator vai propiciar grandes benefícios para a população brasileira porque trará estabilidade da molécula fundamental para os procedimentos e diagnósticos da medicina nuclear”, ressalta o presidente da SBMN, Juliano Cerci.
“Hoje o Brasil importa cem por cento do material usado na especialidade. Com o RMB, a expectativa é suprir efetivamente toda a necessidade, especialmente do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica José Augusto Perrotta, diretor do IPEN e coordenador técnico do projeto.
Durante a tarde, os doutores Claudio Tinoco Mesquita e Cristina Matushita realizaram uma apresentação para os presentes sobre o planejamento radioterápico e o uso do PET-CT/PSMA em procedimentos para tratar câncer de próstata, tumores neuroendócrinos e anamnese. Também houve uma apresentação da direção da Marinha sobre a produção nuclear para fins pacíficos.