CBMN 2017: ganhadoras comentam satisfação pelo Prêmio Edwaldo Camargo; conheça os trabalhos

Anunciados na sessão de Highlights do XXXI Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, no último dia de evento, três trabalhos foram homenageados com o Prêmio Edwaldo Camargo. Dado o nível das análises inscritas e apresentadas, o comitê científico do CBMN 2017 decidiu premiar não apenas dois, mas três trabalhos científicos, sendo que dois dividiram o prêmio anunciado para o segundo lugar.

Antes de revelar as ganhadoras, a presidente do Comitê Científico do CBMN 2017, Elba Etchebehere, destacou a qualidade dos trabalhos científicos inscritos e apresentados nas mais diversas áreas da Medicina Nuclear nesta edição do evento.

Com o apoio e parceria da Siemens Healthineers, o primeiro lugar recebeu um prêmio no valor de R$ 5.000. Já as autoras dos trabalhos empatados em segundo lugar dividiram o prêmio de R$ 3.000, neste caso com o apoio do Grupo RPH.

Conheça os trabalhos premiados:

1º lugar
Clinical Impacto of 68Ga-PSMA PET/CT in prostate câncer in brazilian patients – a multicenter study
AUTHORS: Aline B. Mattiolli, Marcelo Queiroz, Diogo Bastos, Daniel Herchenhorn, Miguel Srougi, Andreia Vicente, Fabio A. Peixoto, Lisa Morikawa, João Luiz Fernandes da Silva and Allan Santos.
INSTITUTIONS: Campinas State University (UNICAMP), Campinas, BRAZIL; Medicina Nuclear de Campinas, Campinas, SP, BRAZIL; Sírio-Libanês Hospital, São Paulo, SP, BRAZIL; Centro de Oncologia D’Or, Rio de Janeiro, RJ, BRAZIL; Grupo Américas Centro de Oncologia Integrado, Rio de Janeiro, RJ, BRAZIL.

A autora Aline B. Mattioli explica que a pesquisa com testes com 68Ga-PSMA PET/CT buscou avaliar onde estavam as células cancerígenas na próstata que reapareceram após tratamentos convencionais. Ela conta que os exames convencionais não conseguem localizar o local da recorrência. A partir disso, a equipe entrou em contato com os médicos dos pacientes pesquisados para saber quais migraram o tratamento a partir do resultado do exame de Medicina Nuclear. “Descobrimos que em 64% dos pacientes analisados houve mudança na conduta do tratamento”, explica orgulhosa dos resultados.

Ela conta ainda que, ao inscrever o trabalho no CBMN 2017, sabia do potencial da análise e dos resultados obtidos, mas não desconhecia o nível das demais pesquisas. “Ganhar a premiação em primeiro lugar foi uma surpresa muito boa, pois é um reconhecimento de um trabalho de muita dedicação, de mais de três anos”, conta.

2º lugar
[11C] PBR28 and [18F] FDOPA PET to evaluate the exercise effects on glial activation and dopaminergic damage in a rat model of Parkinson´s disease.
AUTHORS: Daniele de Paula Faria; Caroline; Caroline Cristiano Real; Paula Kopschina Feltes; David Vállez García; Janine Doorduin; Erik de Vries; Luiz Roberto Giorgetti Britto
INSTITUTIONS: Laboratory of Nuclear Medicine University of São Paulo, São Paulo, Brazil; Laboratory of Cellular Neurobiology, Department of Physiology and Biophysics, University of São Paulo, São Paulo, SP – Brazil; Department of Nuclear Medicine and Molecular Imaging, University of Groningen, University Medical Center Groningen, Groningen – The Netherlands

Segundo a autora Daniele de Paula Faria, a pesquisa experimentou usar dois radiofármacos para avaliar a resposta do exercício físico no modelo da Doença de Parkinson, tomando conhecimento da neuroinflamação e sistema dopaminérgico.

“Conseguimos monitorar a resposta eficaz do exercício físico na doença de Parkison usando imagem PET”, comenta. “Estar nos Highlights já foi uma grande alegria e ganhar o prêmio foi melhor ainda. Esse é um trabalho de dois anos, então o prêmio chega como um reconhecimento”, completou.

2º lugar
Clinical impact of minimum extrathyoidal invasion and other clinical factors as an independent risk of persistent and recurrent disease in 1351 patients whit differentiated thyoroid carcinoma.
AUTHOR (S): Marília Martins Silveira Marone, Rosalia do Prado Padovani.
INSTITUTION: Santa Casa, São Paulo, SP, Brasil.

“Foi uma bastante emocionada e lisonjeada. Esse trabalho é o resultado de um trabalho da vida inteira”, comenta Marília Marone.

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