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Apoio mundial à energia nuclear cresce e impulsiona avanços na Medicina Nuclear

Levantamento internacional revela maior adesão à fonte energética, que viabiliza a produção de insumos médicos.

A aceitação da energia nuclear tem se expandido em escala global e já alcança o dobro do índice de rejeição na população, tendência que, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e Imagem Molecular (SBMN), também representa um estímulo para o setor da saúde. Essa percepção advém da nova edição do Public Attitudes toward Clean Energy (PACE), considerado o maior estudo disponível sobre a opinião pública a respeito de fontes limpas de geração energética.

Conduzida pela empresa Savanta e analisada pelo Radiant Energy Group, a pesquisa ouviu aproximadamente 32 mil pessoas em 31 países, que juntos concentram cerca de dois terços da população do planeta. Conforme o relatório, 46% dos entrevistados se mostraram favoráveis à energia nuclear, enquanto 23% manifestaram posição contrária.

Além de consolidar um alto índice de aprovação, o estudo apontou redução na proporção dos que se opõem à tecnologia em relação à edição anterior, que marcava 28%. O levantamento mostra que, em diversos países, mais de 40% da população apoia a implementação de novas instalações nucleares. Em locais como Finlândia, França, Suécia, Noruega, Holanda, Polônia e Rússia, a disposição para subsidiar projetos nessa área se equipara à observada para iniciativas de energia solar e eólica terrestre.

Para a SBMN, esse panorama revela um ambiente mais propício à expansão da Medicina Nuclear, que depende da infraestrutura atômica para a produção de radioisótopos aplicados em exames e tratamentos. Utilizados em especialidades como oncologia, cardiologia e neurologia, esses materiais são fundamentais para práticas clínicas avançadas e minimamente invasivas. 

“Mais do que uma fonte energética, a energia nuclear sustenta vidas. É dela que derivam os radiofármacos utilizados em milhares de procedimentos de diagnóstico e terapia todos os dias. O avanço dessa pauta no mundo é igualmente um avanço para a Medicina Nuclear e para os pacientes que dependem dela”, afirma a Presidente da SBMN, Dra. Elba Etchebehere.

O Vice-Presidente da SBMN, Dr. Paulo Almeida, destaca que o aumento da aceitação social pode ampliar o entendimento sobre os diversos usos da tecnologia nuclear. “O crescimento do apoio à energia nuclear contribui para a compreensão sobre seu papel na saúde, pois os mesmos reatores que geram eletricidade produzem insumos usados no diagnóstico precoce e no tratamento preciso de doenças como o câncer”, observa.

A leitura final do estudo indica uma mudança na forma como a energia nuclear é vista: além de fonte sustentável, passa a ser reconhecida pelo impacto positivo na saúde. Para a SBMN, esse cenário reforça a importância de aproximar o debate energético do campo médico, valorizando o papel da Medicina Nuclear no cuidado com a população.

Confira o estudo completo do Public Attitudes toward Clean Energy aqui.

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