Encontro acontece em Madri (Espanha), de 18 a 20 de outubro. Confira
A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) marcou presença em mais um importante encontro neste ano. De 18 a 20 de outubro a entidade, representada pelo presidente, Claudio Tinoco Mesquita, e por seu vice-presidente, Juliano Cerci (na foto), participou da Conferencia Iberoamericana sobre Protección Radiológica en Medicina (CIPRaM 2016), realizado em Madri, na Espanha. Ao todo o evento recebeu 230 pessoas de 29 países.
O principal objetivo da Conferência é verificar o progresso na implementação das 10 ações previstas na “Convocataria de Bonn para La Acción”, um documento firmado no ano de 2012, conforme acordado entre a IAEA e a OMS que propõe estratégias para melhorar a proteção radiológica nas práticas médicas.
A conferência também foi uma oportunidade de identificar problemas e possíveis soluções, promover boas práticas e definir indicadores de progresso destas iniciativas, bem como uma oportunidade para o intercâmbio de informações e experiência adquirida nos últimos anos em relação à proteção contra as radiações em medicina e estabelecer/reforçar a cooperação entre os países latino-americanos nesta área assunto.
Neste sentido, a SBMN pode apresentar as atividades que vem sendo trabalhadas em rede com outras instituições, tais como universidades e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), na promoção da melhoria da radioproteção e das práticas de medicina nuclear.
Interlocutor escolhido pela Sociedade para explanar aos conferencistas a experiência do Brasi, o vice-presidente da Sociedade, Juliano Cerci, pontuou alguns comprometimentos da entidade alinhados às diretrizes da “Convocataria de Bonn”, no que cabe a aperfeiçoar a prática da medicina nuclear no país.
Entre os pontos estão:
- Qualidade da Radioproteção >> Produzir um relatório com algumas iniciativas que a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBNM) a fim de seguir os indicativos de ação de Bonn e com isso atingir o maior benefício com o menor risco possível a todos os pacientes pelo uso seguro e apropriado da radiação ionizante em medicina: sugestão – utilizar o ciclo PDCA de Demi (plain-do-check-act). Neste aspecto a SBMN pode mostrar os resultados alcançados no estudo denominado “Oportunidades e Desafios para Aperfeiçoar a Prática da Medicina Nuclear e a Exposição à Radiação no Brasil”, que analisou o panorama da medicina nuclear em cardiologia, cujo desfecho foi apresentado neste mês de outubro na IMIC 2016.
- Elaboração de Guidelines >> Além disso, a SBMN compartilhou sobre a evolução do projeto de concepção de diretrizes, como a “Diretriz SBMN de Cintilografia Miocárdica”, um guideline que colocou o Brasil como o primeiro país do mundo a adotar as diretrizes de boas práticas da IAEA como balizador.
- QUANUM >> A SBMN irá disseminar a cultura de qualidade no Brasil. Em cooperação com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a AIEA foi aprovado o Projeto BRA2014005: Apoio às Auditorias de Gestão da Qualidade em Práticas Nucleares (QUANUM) no Brasil.
- Projeto Choosing Wisely >> consiste em estratégias que evitem exames e tratamentos desnecessários, bem como redução de doses de radiação. Avaliando a taxa de adequação da Cintilografia de Perfusão Miocárdica (CPM) como balizador do projeto, observou-se que 69,5% dos procedimentos foram considerados adequados, mas 30% ainda precisam de aperfeiçoamento. Com estes dados será possível auxiliar em meios para melhorar a prática. Se você reduzir o número de procedimentos inadequados, mais pessoas poderão acessar a medicina nuclear. Isto é muito importante para a América Latina, onde tem pessoas pobres, tem menos de 10% de chance de procedimentos de medicina nuclear se comparado a pessoas com saúde privado. Estes indicadores provem do estudo denominado “Oportunidades e Desafios para Aperfeiçoar a Prática da Medicina Nuclear e a Exposição à Radiação no Brasil.
- Cursos de aperfeiçoamento: por meio de atividades educacionaias e científicas, será possível reforçar aspectos ligados à proteção contra as radiações de pacientes e dos profissionais de saúde e estabelecimento. Atualmente a SBMN já oferece cursos regionais dos procedimentos mais comuns no país.
- Diálogos SBMN: aproximando pacientes e população da medicina nuclear: promover atividades de aproximação com entidades de pacientes, bem como realizar ações educacionais para a população e pacientes sobre sobre radioproteção e os efeitos biológicos da exposição à radiação. Estas iniciativas podem ser observadas no site da Universidade Federal Fluminense (UFF), que realizou encontro em parceria com a SBMN. Confira! Há ainda o Fórum de Pacientes: Medicina Nuclear e Oncologia – que integra o congresso anual da SBMN e reúne instituições representantes dos pacientes e familiares. Neste ano o Fórum será no dia 12 de novembro, das 8h às 12h55. As inscrições estão abertas. Saiba mais
Participam como entidades anfitriãs o Ministério da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade da Espanha (MSSSI); o Conselho de Segurança Nuclear da Espanha (CSN); Organização Mundial da Saúde (OMS); Organização Panamericana de Saúde (OPAS); Agência Internacional de Energia Nuclear (IAEA); Fórum Ibero-Americano de Radiologia e Agências Reguladoras Nucleares (FORO); Comissão Internacional de Proteção Radiológica Radiológica (ICRP); e Associação Internacional de Radioproteção (IRPA).
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