A medicina nuclear brasileira está de luto pela morte do Prof. Dr. Edwaldo Eduardo Camargo, na noite de ontem (4/3), na cidade de São Paulo. Deixa esposa, filhos – entre eles a colega e amiga Elba Etchebehere, e netos. A diretoria da SBMN, em nome de seus membros, se solidariza à familia nesta hora.
Trata-se de uma grande perda para familiares, amigos e para a medicina nuclear como um todo. A SBMN teve a honra de contar com a gestão do Prof. Edwaldo, enquanto presidente da Sociedade na gestão 1993 – 1996.
Médico nuclear reconhecido e admirado por seus pares no Brasil, EUA e em outras partes do mundo, sua contribuição para a especialidade foi fundamental e se estende à MN internacional, tanto no que cabe à disseminação da prática quanto no desenvolvimento e aperfeiçoamento de especialistas e de intensa produção acadêmica e científica.
Em 2008, em ocasião de homenagem prestada pela UNICAMP por sua aposentadoria da vida acadêmica, Prof. Edwaldo muito emocionado declarou: “Eu não mereço nada disso. Só fiz aquilo que tinha que ser feito”. Uma marcante frase que demonstra sua humildade e resiliência frente a imensurável contribuição e legado que deixa para a medicina nuclear nacional.
Natural de Guaxupé (Minas Gerais), em 1959 entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Sua turma foi a primeira a ter aulas de Biofísica e Medicina Nuclear, o que o entusiasmou e chamou-lhe a atenção, achando que era a área que deveria seguir. Formou-se em 1964 pela 52ª turma da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Iniciou suas atividades em Medicina Nuclear a partir de 1966 no Centro de Medicina Nuclear desta mesma Faculdade. Defendeu tese de doutorado em 1971 sobre renograma e cintilografia renal pela Faculdade de Medicina da USP.
Ao longo de sua carreira, contribuiu para expandir as aplicabilidades da medicina nuclear, com base na experiência vivenciada como Fellow na Medicina Nuclear da Universidade Johns Hopkins – Johns Hopkins University, em Baltimore (EUA) sob supervisão do médico Henry Wagner, uma das referências mundiais da área. Em 1988, recebeu novo convite do médico Henry Wagner para assumir os cargos de professor adjunto de Radiologia, diretor-associado e diretor clínico da Divisão de Medicina Nuclear da Universidade Johns Hopkins.
Em 1994, criou a Residência em Medicina Nuclear, com duração de três anos, aprovada pela Comissão Nacional de Residência Médica. O Serviço de Medicina Nuclear da UNICAMP foi o pioneiro na transmissão de imagens nucleares no Brasil, tendo feito a primeira transmissão em agosto de 1993, para Belo Horizonte, durante a realização do XV Encontro Brasileiro de Medicina Nuclear.
Informações sobre velório:
O velório aconteceu na manhã de sábado, 5/3, no cemitério do Araçá, em São Paulo, até 12h. O enterro realizou-se em Guaxupé (MG).
Missas de sétimo dia:
As missas de sétimo dia do Prof. Edwaldo Eduardo Camargo serão realizadas na Capela do Hospital Sírio Libanês (Rua Dona Adma Jafet, 91, Bela Vista – São Paulo, SP) no dia 10 de março, às 12h30, e, na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora (Rua Baronesa Geraldo de Rezende, 330, Guanabara – Campinas, SP), às 19h30.
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Mais informações sobre as contribuições do Prof. Edwald – confira a reportagem publicada há um ano, na Medicina Nuclear em revistabit.ly/1UHtY8U
Fonte do conteúdo: Comunicação SBMN; com informações complementares extraídas de notícia no portal HC-FCM-Unicamp “Edwaldo Camargo se aposenta e recebe homenagem na FCM” – por Assessoria de Imprensa do HC e ASCOM UNICAMP – leia na íntegrahttp://www.hc.unicamp.br/node/524
Fotos: Acervo SBMN – Galeria de Presidentes