Mais de 100 pessoas de diferentes regiões do País participaram das atividades de medicina nuclear realizadas nos dias 6 e 7 de maio, durante a 47ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2017), encontro que aconteceu em São Paulo, na sala M, do Transamérica ExpoCenter e que foi desenvolvida com auxílio e apoio da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).
Esta edição do encontro contribuiu para consolidar mais um ano desta parceria de sucesso estabelecida pela SBMN junto à Sociedade Paulista de Radiologia (SPR), entidade organizadora do evento.
A grade programática de medicina nuclear contou com a elaboração de Barbara J. Amorim; George Coura Filho, Carlos Buchpiguel; Cláudio Tinoco Mesquita; e Juliano Cerci. Diversificado, o programa da medicina nuclear possibilitou a atualização e aperfeiçoamento dos participantes sobre aspectos diagnósticos e terapêuticos, com destaque para o campo do câncer de próstata, com uma abordagem aprofundada sobre as perspectivas de diagnóstico por PET-CT e tratamento com PSMA e a aplicabilidade do rádio-223, que tem ganhado mais força no País após a precificação e acesso aos pacientes. Houve ainda sessões interativas que possibilitaram participação ativa dos congressistas.
O convidado internacional, Prof. Markus Essler, da Universidade de Bonn, na Alemanha, agregou conhecimento sobre PSMA, com sua contribuição sobre aspectos diagnósticos e terapêuticos, o chamada teranóstico. Esta interação e proximidade com a vivência de especialistas de renome, como Prof. Essler, é fundamental para a introdução de novas ferramentas na medicina nuclear brasileira.
Também durante a JPR diretores da SBMN se reuniram para encaminhar os próximos passos para o ingresso da medicina nuclear no Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira (AMB). A iniciativa, que conta com a coordenação da médica nuclear e diretora da Sociedade, Bárbara Amorim, auxiliará na inclusão de novos procedimentos nas tabelas de reembolso. Também foram atualizados os encaminhamentos das diretrizes que vem sendo elaboradas pela Sociedade, que tem como objetivo nortear a prática da medicina nuclear no manejo de seus pacientes.
Do ponto de vista dos custos da medicina nuclear e avanços tecnológicos, a consultora econômica Beatriz Leme trouxe uma perspectiva de quantos procedimentos foram realizados pelo SUS nos últimos anos, bem como descreveu o cenário de distribuição de equipamentos, esclareceu sobre indicações de reembolso por procedimentos, entre outros aspectos.
Para o vice-presidente da SBMN, George Coura Filho, há espaço para a medicina nuclear crescer no país, desde que seja fortalecida a entidade e estimulada a produção científica nacional, bem como haja mudanças ligadas às políticas de ressarcimento e melhor estabelecidos processos de registros de radiofármacos no Brasil. “A Sociedade tem realizado constantes reuniões com representantes de esferas governamentais para que haja uma transformação neste panorama em favor do desenvolvimento da MN e, consequentemente, maior acesso à especialidade e seus benefícios por parte da população, sobretudo, aos usuários do SUS”, avalia ele.
Ações institucionais
Simultaneamente às abordagens educacionais e científicas, foram realizadas ações associativas no estande da SBMN. Diversas pessoas procuraram a equipe administrativa da Sociedade para realizar inscrições antecipadas no 31º Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, regularizar sua situação de junto à Sociedade, bem como se tornar novo membro da SBMN.
Esta dinâmica será mantida em todos os cursos e congressos que a Sociedade organizar e/ou participar. Uma iniciativa para facilitar ainda mais a interação da SBMN com os médicos nucleares e demais membros.