Pesquisa da Universidade de Chicago estuda uso do PET/CT para medir danos da esclerosa múltipla

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Chicago e do National Institutes of Health estuda o uso de PET/CT para avaliar danos causados pela esclerose múltipla. Os exames iniciais usaram uma molécula radioativa projetada para atingir os canais de potássio controlados por voltagem, uma proteína encontrada em axônios desmielinizados. As imagens, com base na detecção desta molécula, fornecem informações quantitativas sobre os processos bioquímicos da doença.

Caracterizada por ser uma doença autoimune, a esclerose múltipla afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal. O surgimento da doença corrói a bainha protetora que cobre os nervos, conhecida como mielina, danificando os impulsos nervosos. Os sintomas variam de formigamento, dormência a fraqueza, dor e paralisia.

Atualmente, a medicina utiliza a ressonância magnética para detectar a esclerose múltipla, mas apesar das imagens em alta resolução, a técnica não consegue distinguir entre desmielinização e inflamação.

A equipe de pesquisa iniciou os testes em ratos com o uso de dalfampridina, que se liga a canais de potássio expostos, conseguindo restaurar parcialmente a condução nervosa e aliviar os sintomas neurológicos em pacientes com esclerose múltipla.

Os pesquisadores descobriram que 3F4AP (3-fluoro-4-aminopiridina) tem as propriedades desejadas, por isso rotularam a molécula com flúor-18, que é facilmente detectada por PET. O medicamento pode ajudar a diminuir as lesões da doença ao longo do tempo.

Segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla, cerca de 2,5 milhões de pessoas sofrem com a doença.

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