A presidente Dilma Roussef sancionou o decreto nº 8.497, de 04 de julho de 2015, em que trata do Cadastro Nacional de Especialistas. A partir desta data, para que um profissional seja incluído neste cadastro, deverá cumprir o que delega a lei.

Por conta disso, representantes da área médica de todo o Brasil se reuniram, na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr), no intuito de discutir o decreto, uma vez que há desacordo com o que foi assinado pela presidência da república. Logo após, todos seguiram para um encontro com o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha.

A reunião teve início com o pronunciamento do senador Ronaldo Caiado, que manifestou sua indignação e total apoio à iniciativa da Associação Médica Brasileira (AMB), de derrubar o decreto. Todos os presentes estavam de acordo com uma ação para que isso ocorra, a exemplo o deputado Luiz Henrique Mandetta, o presidente da AMBr Luciano Carvalho, o presidente da Associação médica de Goiás José Humberto, dentre outros. “A Sociedade Brasileira de Medicina se opõe ao decreto junto à AMB e vai se emprenhar para derrubá-lo”, reforça o presidente Gustavo Gomes.

O deputado Iran denunciou a intenção do Governo Federal de manipular a formação de especialistas e, à exemplo de Cuba, em breve conseguir aumentar o PIB nacional às custas de exportação de médicos.

Depois, o dr. Mauro Ribeiro, 1º vice-secretário da AMB, tomou a palavra para moderar as contribuições dos presidentes das sociedades médicas e demais presentes, no intuito de formular um encaminhamento à Câmara e Congresso.

Dentre os pronunciamentos, destacou-se a participação de Florentino Cardoso, presidente da AMB, que defendeu a necessidade de não se perder a autonomia na concessão de títulos de especialistas, sob pena de comprometer terrivelmente a qualidade e a segurança na assistência médica no Brasil. Além disso, focou na questão de aumentar o incentivo do médico se especializar, para abrir mais vagas na rede pública, uma vez que a demanda sempre é menor que a oferta. Ele defende, ainda, a qualidade, segurança e quer garantir que no Brasil haja sempre bons profissionais.

Ademais, o médico Bernardo Aguiar ressaltou a importância de mobilizar não somente a área médica na representação parlamentar, mas todos os deputados e senadores, levando em consideração a qualidade desses profissionais que, se este decreto não for vetado, haverá futuramente um déficit no quesito atendimento.

Fonte: Assessoria de Imprensa –  Núcleos Centro de Medicina Nuclear (DF)