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Medicina Nuclear é introduzida pela SBMN em pauta de reunião da AMB

Medicina Nuclear é introduzida pela SBMN em pauta de reunião da AMB

Presidente do Conselho Consultivo da SBMN, Claudio Tinoco Mesquita, manifestou situação da medicina nuclear durante encontro do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira, realizado em 17 de março. Confira 

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SBMN participa de reunião do Conselho Deliberativo da AMB (crédito da imagem: CTM)

No dia 17 de março a SBMN participou de reunião do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB), conduzida pelo presidente da entidade, Florentino Cardoso, e por Carlos Vital, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM). A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) esteve presente, sendo representada pelo presidente do Conselho Consultivo, Claudio Tinoco Mesquita.

Segundo o médico nuclear, questões importantes foram colocadas pelos representantes de sociedades de especialidades e federadas, sendo destacadas por Mesquita aquelas ligadas à medicina nuclear que ele pode inclusive manifestar no encontro:

1º) Reajuste da Tabela do SUS: foi discutida a questão do não reajuste da tabela do SUS, congelada desde 2009, o que tem causado grande dificuldade para que os serviços de medicina nuclear que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) continuem a manutenção de seu funcionamento. “Isto penaliza principalmente os pacientes das áreas mais pobres do país como os da região Norte e Nordeste”, reforçou Mesquita.

Ele esclareceu que o Brasil tem dependência de importação dos insumos radioativos e radiofármacos, em que grande parte da produção nacional está sob monopólio do governo. Assim o governo, por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) praticou nos últimos anos aumentos de mais de 50% no valor dos radioisótopos e, por outro lado, não reajustou a tabela do SUS, “criando um achatamento grave que oprime e asfixia a prática da medicina nuclear no âmbito da medicina pública”.

2º) Inclusão de novos procedimentos na ANS: foi abordada a dificuldade de inclusão de novos procedimentos no rol da saúde suplementar, destacando a situação do PET/CT, que ainda está restrito a oito indicações. Deve haver duas indicações novas – epilepsia com indicação cirúrgica e tumor neuroendócrino, mas ainda há muito a se avançar. “O PET/ CT é utilizado em mais de 40 tumores fora do Brasil com benefício clínico comprovado sem contar seu uso em pesquisa de focos inflamatórios, doenças cardíacas e doenças neurológicas”, analisou Mesquita.

3º) Registro de novos fármacos: para finalizar foi exposto o desafio no que cabe à legislação vigente para conseguir registrar um novo fármaco no Brasil. “Isto é perverso para os radiofármacos que têm efeito farmacológico muito restrito e que poderiam estar muito mais avançados no Brasil, mas a legislação cria uma camisa de força e insegurança jurídica para os produtores e centros de pesquisa de novos fármacos”.

A reunião do Conselho Deliberativo foi realizada durante o Encontro Latino Americano sobre Dilemas Éticos Relativos ao Fim da Vida, que ocorreu nos dias 17 e 18 de março, no Rio de Janeiro (RJ). (confira como foi este encontro)

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