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Expansão da Medicina Nuclear: presidente da SBMN é recebido pelo presidente da CNEN em reunião

Expansão da Medicina Nuclear: presidente da SBMN é recebido pelo presidente da CNEN em reunião

Nesta segunda-feira, 25 de janeiro, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) esteve na sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), no Rio de Janeiro, para uma reunião com o novo presidente da casa, Renato Machado Cotta.

O presidente da SBMN, Claudio Tinoco de Mesquita, teve a oportunidade de compartilhar as expectativas em relação à medicina nuclear nacional e, também, expor os desafios estratégicos vivenciados, que tem ameaçado a sobrevivência da especialidade.

Foram pontuados os aspectos que envolvem ambas as entidades, CNEN e SBMN, tais como os custos de produção e de reembolso dos radioisótopos – por meio da revisão dos valores de remuneração dos Procedimentos de Medicina Nuclear da Tabela Unificada de Procedimentos SUS, que mantém o mesmo valor de 2009, o que a tem tornado impraticável pelos médicos nucleares. O presidente pôde reiterar os pedidos feitos em ofícios encaminhados à esfera federal, por meio da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (SAS-MS), os quais a Sociedade ainda aguarda resposta acerca das petições, que ocorreram ainda em 2015.

Também foi abordada a legislação para registro de radiofármacos; plano de expansão da medicina nuclear no Brasil; o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB); bem como a integração dos diversos setores governamentais. Segundo Mesquita, Cotta demonstrou vontade de solucionar os gargalos existentes. “Buscamos soluções para que haja manutenção e expansão da medicina nuclear no Brasil. Precisamos vencer as fragilidades e para isso são necessárias ações para superá-las”, afirma o presidente da SBMN.

Como desfecho ficou sinalizada a realização em março deste ano, no Rio de Janeiro, de um workshop promovido pela CNEN para que haja a discussão dos pontos hoje considerados nevrálgicos para o setor de MN. Do encontro será gerado um documento com proposições de estruturação da área médica nuclear. A atividade deve seguir os moldes do I Workshop de Expansão da Medicina Nuclear, iniciativa pioneira da Sociedade, promovida em 2015, na sede do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), que reuniu em São Paulo diferentes agentes da área.

Participaram da reunião com o presidente da CNEN, o vice-reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), o professor Antônio Nóbrega, pesquisador da área da fisiologia cardiovascular e do exercício; e o professor Paulo Gomes, que é pesquisador de física da UFF. O professor Nóbrega tem promovido o estreitamento entre a universidade e a Comissão, a fim de realizarem projetos conjuntos. O Prof. Gomes está estudando uma área ligada a um método de avaliação de substância que pode ser aplicado na pesquisa de novos fármacos. Ambos têm contribuído para abrir importantes frentes de interação com a CNEN.