Conheça a Medicina Nuclear

A medicina nuclear é uma especialidade médica que, utilizando métodos seguros, praticamente indolores e não invasivos, emprega materiais radioativos com finalidade diagnóstica e terapêutica. Usa quantidades mínimas de substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para acessar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos, realizando imagens, diagnósticos e, também, tratamentos.

A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) – entidade filiada à Associação Médica Brasileira (AMB) reúne os médicos nucleares. Atua tanto no diagnóstico quanto na terapêutica de diversas doenças, que incluem embolia pulmonar, infecções agudas e infarto do miocárdio, câncer, obstruções renais, demências e outras.

Os radiofármacos são substâncias radioativas que podem ser aplicadas pela medicina nuclear tanto no diagnóstico quanto também em tratamentos de doenças.

Ao contrário do que se pode imaginar, a quantidade de radiação utilizada na medicina nuclear é muito pequena, sendo até mais seguro do que tomar um comprimido para dor de cabeça.

Esses tratamentos e procedimentos diagnósticos se tornam muito seguros, e não causam esses efeitos reversos, quando feitos apropriadamente, nem para o paciente e nem para o ambiente que normalmente é controlado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Quando utilizados de forma segura, por alguém capacitado, a chance disso é muito pequena. No campo diagnóstico a chance de desenvolver uma segunda neoplasia é praticamente zero, em casos de terapias, depende de quantas terapias o paciente fez, mas em geral, a chance de desenvolvimento de uma segunda neoplasia também é pequena.

No caso dos acidentes nucleares são grandes quantidades de radiação. Grandes quantidades de radiação é que são problemáticas. Quando as quantidades são muito pequenas e controladas, não há problema.

Não. As pessoas às vezes tem em mente aquela imagem do Hulk, e não ficaremos “verdes”. Além da baixa radioatividade presente nestes medicamentos, geralmente os radiofármacos não são indicados para serem tomados com frequência, por exemplo, quando você indica um tratamento com o radiofármaco. Em geral, ele é feito em dose única ou poucas doses, é diferente de medicamentos habituais que você faz em uso contínuo.

A medicina nuclear é uma especialidade reconhecida no Brasil. Está presente em 436 serviços de MN no Brasil, entre clínicas, hospitais, centros de pesquisa que atendem a mais de um e meio milhão de pessoas por ano. Nos últimos 20 anos – desde 1995 – mais de 30 milhões de procedimentos foram realizados no Brasil com segurança e qualidade, conforme dados da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Buscar no sistema de saúde médicos que são porta de entrada, principalmente os de especialidades clínicas. Estes especialistas clínicos encaminham o paciente até o Médico Nuclear.

O radiofármaco é utilizado para acompanhar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos como o coração, cérebro, tireoide, rins, fígado e pulmões, avaliação de doenças nos ossos, além do diagnóstico de tumores.

Hoje, a medicina nuclear atua em diversas áreas como cardiologia, oncologia, hematologia, neurologia, entre tantas outras.

Pode ser aplicada tanto no diagnóstico quanto no tratamento de diversas doenças.
Com o uso de substâncias a medicina nuclear é capaz de diagnosticar diversas doenças, que incluem embolia pulmonar, infecções agudas e infarto do miocárdio, câncer, obstruções renais, demências entre outros.
A medicina nuclear pode também definir o tipo e extensão do câncer no organismo, o que irá ajudar o oncologista na decisão sobre a conduta terapêutica mais adequada para cada caso (terapia alvo).
Como forma de tratamento, os radiofármacos podem ajudar a combater o hipertireoidismo ou tratamento de câncer na tiroide, dores ósseas, e também casos de tumores específicos.

Muitas vezes, os radiofármacos são usados associadamente a outros tratamentos (terapia alvo).

Menos recorrência da doença, maior sobrevida, e sempre melhor qualidade de vida.

Por serem pouco invasivos e com baixas doses, os procedimentos em medicina nuclear são indicados em todas as faixas etárias, desde a primeira infância, a adolescentes, adultos e idosos, sem representar riscos à saúde.

É a capacidade de diagnósticos funcionais.

Os procedimentos de medicina nuclear são extremamente úteis para as crianças, por serem pouco invasivos e capazes de detectar alterações funcionais decorrentes de algumas doenças, antes que outros métodos de imagem sejam capazes de realizá-lo.

Sendo assim, é possível um diagnóstico mais precoce, a introdução mais rápida ao tratamento e monitoramento da resposta terapêutica.

Um dos exames utilizados com maior frequência em crianças é a cintilografia, solicitados como ferramenta diagnóstica para estudo do sistema urinário, gastrointestinal e musculoesquelético, tanto em doenças benignas como em certos tipos de câncer.

O cálculo das doses para as crianças leva em consideração o seu peso corporal, portanto, a radiação recebida é muito baixa, sendo, na maioria das vezes, menor que a de outros procedimentos radiológicos, como a tomografia computadorizada (CT).

Cintilografia: O exame mais comum é a cintilografia que, no caso da miocárdica, mostra onde falta sangue em partes do coração, ou seja, a isquemia, que causa angina, infarto, parada cardíaca. Dessa forma, é possível diagnosticar precocemente problemas de coração e adotar os tratamentos necessários, como o cateterismo e cirurgia de safena. Nos casos de doenças oncológicas, a cintilografia pode detectar a disseminação do câncer para os ossos e outras partes do corpo, ou se houve retorno de células malignas após o fim de um tratamento. Há substâncias radioativas que emitem partículas que destroem tumores, como em alguns casos de câncer de tireoide, próstata e intestino.


PET-CT: por meio da fusão de imagens de tomografia computadorizada convencional (CT, do inglês computed tomography) ao PET (do inglês pósitron emission tomography), originou-se o método híbrido ao qual se denomina “PET/CT”.


PET-CT é uma tecnologia que utiliza os radiofármacos e atua como ferramenta de diagnóstico e estadiamento de doenças, podendo também registrar a resposta de um determinado tumor aos tratamentos cirúrgico ou quimio-radioterápico.